quinta-feira, 10 de maio de 2012

Crônicas da Terceira Era - Em Busca da Luz - Parte VI


Elmara, Aerandir e o novo companheiro, o pequeno Pêpe, partiram do Vale de Rinvedell em uma manhã pálida de final de inverno. A úmidade da primavera já se fazia presente, e o branco e cinza do invero ia, aos poucos, cedendo aos tons de amerelo e verde da primavera, com as primeiras flores abrotando. Era uma visão muito bonita, que quse os fazia esquecer que estavam em uma luta contra algo que poderia destruir toda a beleza da Terra-Média.

A rota que escolheram fazer era a que parecia mais segura, pelas velhas estradas que seguiam para o sul, em direção ao estreito de Rohan, por onde os antigor reinos de Arnor existiam. Os quatro primeiros dias de viajem foram calmos, com encontros ocasionais com alguns patrulheiros locais e residentes daquelas terras que ainda eram respeitadas devido à presença dos elfos de Rivendell. A partir dali, a paisagem ficou mais deserta. Colinas e campos se extendendo à distância, com os picos nublados das Montanhas das Névoas ao leste. Raramente viam qualquer sinal de passagem de algum homem, elfo ou anão por lá. A velha estrada, que agora era um pouco mais do que uma trilha de terra batida estava elameada, e uma chuva que caia toda tarde apenas contribuia para deixar os cavalos mais cansados e a viajem mais lenta.

Seis luas haviam se passado desde que partiram da morada do Lorde Elrond e Elmara estava procurando um local para que o grupo pudesse descansar e abrigar os cavalos. Enquanto percorria um caminho em direção a uma velha casa que perecia abandonada ao lado de uma colina, ouviu passos que não eram de seus comapanheiros se aproximando. Quando virou-se para olhar para trás, ouviu o som de um arco sendo tensionado e a frase "você deveria tomar mais cuidado nessa região, ranger". Por um momento a dúnedan ficou preocupada, mas logo reconheceu a voz daquele que a tinha surpreendido. Ormighor era um ranger do norte também, outro dúnedan, que passava boa parte de seu tempo na região próxima às Montanhas Brancas, com um grupo que se auto entitulava Flechas Partidas. Eles eram caçadores de orcs e goblins, e buscavam eliminar aqueles que poderiam se tornar líderes daquelas criaturas. Elmara lembrava de Ormighor, mas não por causa de seu grupo, mas pelo passado que tiveram juntos. Eles foram próximos, talvez até próximos demais, mas aquilo era passada, apenas a missão importava, agora, para a ranger.

Depois de quebrada a tensão, Aerandir e Pêpe se juntaram aos dúnedain para trocarem informações. Os companheiros contaram o problema que o norte estava tendo com o aumento do número de orcs e goblins nas montanhas cinzentas, os ataques de wargs no Vale do Anduin e a expansão das aranhas na Floresta de Mirkwood. Não mencionaram o artefato de Angmar e a suspeita de que alguém ou alguma coisa pudesse estar coordenando as ações dessas criaturas, por receio de que a informação pudesse cair em mão inimigas. Ormighor lhes contou sobre suas andanças pelo sul e os grande orcs guerreiros que conseguiu eliminar. A notícia de que essas criaturas se multiplicaram no norte e estão mais ativas o deixou ao mesmo tempo aflito e excitado. Ele reuniria membros de sua ordem para caçadas contra os monstros e isso, com certeza, iria ajudar os Beornings das Terras Ermas. Já era tarde quando os quatro terminaram a conversa, as estrelas que consigiam brilhar entre as núvens jogavam uma luz azulada por toda a região, passando uma sensação de calma e tranquilidade.

Todos os quatro se abrigaram em uma velha casa de pedra e dormiram ao redor de uma fogueira acesa em uma declividade, suas chamas vermelhas contrastando com a imensa escuridão azulada. Ormighor fivou de vigia a maior parte da noite. Pare ele o caminha até um lugar seguro era mais curto e os três teriam ainda mais doze dias de viajem em uma região inóspita até chegar ao seu destino. A manhã veio devagar, trazendo com ela a luz e o conforto do calor. Notaram que ao redor da ruína havia um grande campo de flores alaranjadas, e o perfume que elas emanavam era doce. Se despediram ali mesmo. A companhia em direção ao sudoeste, seguindo o caminho para Isengar pela Velha Estrada do Sul, e o patrulheiro da Flecha Quebrada para o norte, rumo a Rivendell.


Do outro lado das Montanhas das Névoas, Klandrin, Balared, Odir e sua comitiva, acompanhados de dois homens da floresta seguiam caminho para Rhosgobel. Estavam a poucos dias de distância de lá, a cada vilarejo daquela região por onde passavam, viam que a movimentação estava muito pequena, como se quase metade dos habitantes não estivessem lá. Questionando uma caçadora que retornava com um cervo abatido, ficaram sabendo que a maioria dos guerreiros foi para Rhosgobel, estava acontecendo uma guerra contra os terríveis lobos da floresta, os wargs. Isso serviu apenas para reforçar ainda mais o sentimento de urgência que já possuiam.

O grupo, então, acelerou o marcha pelo vale, que ainda estava coberto por uma fina camada de neve. O Rio Anduin estava caudaloso e o ruido de suas águas descendo pelas colinas era o som que mais ouviam durante todos os dias. Ao final da tarde, no quarto dia desde que encontraram Odir na velha estrada, eles avistaram as casas de madeira de Rhosgobel. Uma grande movimentação de pessoas revelava que algo realmente estava acontecendo ali. Ao se aproximarem foram abordados por uma mulher de cabelos cor de cobre e armadura de couro perguntando quem eram e o que queriam ali. Seu nome era Nilthea e ela estava encarregada de proteger os moradores e os guerreiros feridos.

Como Klandrin já tinha visitado o local, e como Balared era de um povo irmão, os Beornings, eles não tiveram muito trabalho para explicar a presença deles ali, ainda mais acompanhados de dois homens da floresta que falaram em seu favor. Balared logo se ofereceu para ajudar a tratar os feridos e Klandrin reencontrou um dos líderes guerreiros do povoado, Dalak. Ele contou que vieram ali para falar com Radagast e pedir ajuda para lutar contra os orcs das montanhas, mas o guerreiro disse que Radagast não estava recebendo ninguém há alguns dias. Disse ainda que eles adorariam ajudar seus irmãos do norte, mas estavam ocupados com a luta que travavam com o wargs da floresta, que se apossaram do antigo vale da linhagem de Lupus. Foi então que o anão se lembrou da passagem escondida pelo túnel e a trilha que usaram para fugir daquele lugar, quando ele foi invadido. Klandrin falou para Dalak que se seus guerreiros usassem esses caminhos para surpreender os monstros, ele teriam uma chance muito maior de vencê-los. Havia apenas um problema, ninguém conhecia esses caminhos, a não ser o próprio anão.

O guerreiro homem da floresta ficou muito satisfeito com essas informações e pediu para que eles o ajudassem a liderar um ataque contra os wargs para expulsá-los de uma vez por todas da região. Klandrin e Balared se prontificaram a ajudar, mas disseram que precisavam recuperar suas forças, pois a viajem fora cansativa. Dalak não fez nenhuma objeção e disse que assim que eles estivessem prontos, ele convocaria um grande número de guerreiros para o ataque.

No dia seguinte, depois de uma noite de descanso sobre o fogo amigo de uma lareira, os companheiros viram que Radagast ainda mantinha os portões de sua casa na colina fechados. Decidiram, então, que iriam ajudar aquele povo na luta contra seus inimigos, iriam levá-los pelos caminhos escondidos para uma batalhe no vale da linhagem de Lupus. Procuraram por Dalak e pediram a ele que enviasse um pássara com uma mensagem para Rivendell, avisando Elmara e Aerandir que estavam em Rhosgobel ajudando os homens da floresta em uma guerra com os wargs. Em seguida, começaram a planejar como seria o ataque. Dalak disse que conseguira reunir duzentos e cinquenta homens em ótimas condições para a batalha e, assim, decidiram que cem deles iriam atacar pela passagem a frente do vale, a qual os wargs com certeza estariam preparados, cinquenta iriam pelo túnel, chegando no meio do vale e os outros cem iriam pela trilha escondida que levava ao sul do vale. Dessa forma os lobos teriam que dividir sua atenção em três frentes, sendo que só esperariam o ataque de uma. O ataque começaria ao som da trombeta que Kladrin carregava. Antes de partirem, pediram para que Odir ficasse ali e aguardasse o retorno deles em dez dias, e caso isso não acontecesse para que ele fosse embora, para o sul, em busca de ajuda ou abrigo.

No início da tarde o grande grupo partiu de Rhosgobel. Seguiriam juntos por três dias, até que chegassem às margens do Lago Verde, onde seguiriam caminhos distintos, cem homens indo em direção à entrada norte do vale, e os outros cento e cinquenta contornando as colinas para chegar ao túnel e ao caminho escondido pelo sul. A floresta, agora com a primavera, estava úmida e quente. O cheiro de terra molhada e algo podre entre as poças d'água deixava alguns enjoados e a ausência da luz, que não conseguia penetrar a espessa cobertura das árvores acinzentadas, parecia pesar no coração dos guerreiros.

Era a noite do terceiro dia, quando chegaram à margem sul do Lago Verde, onde descansariam aquela noite, antes de se separarem pela manhã. No entanto, a noite não foi tão calma para permitir que os homens descansassem. Algumas horas após montarem acampamento, Balared ouviu um sussurro, de uma voz feminina, que parecia entoar uma canção. Quando olhou ao seu redor, percebeu que outros também ouviam aquilo, e pareciam encantados com o som. Aos poucos diversos homens andavam em direção ao lago. O Beorning avisou Klandrin do que estava acontecendo e o anão tentou, imediatamente, alertar a todos para que não entrassem no lago, mas poucos pareciam ouvir. De repente, aqueles que já haviam entrado nas águas geladas do lago foram puxados para seu fundo com uma velocidade e força impressionantes. Gritos ecoaram pela mata, e manchas de sangue apareciam entre as águas escuras. Aqueles que não estavam sobre o domínio daquele feitiço tentavam acordar seus companheiros e tirá-los de lá. Da água surgiram três mulheres, nuas, com cabelos e olhos negros como a noite, extremamente belas, mas exarando um aura maligna. Foi difícil retirar todos os homens dali, e mais de uma dúzia encontraram seu fim naquela noite, mas uma tragédia maior foi evitada quando decidiram partir dali. Se separaram, então, os agora duzentos e trinta e três homens.

Com Klandrin e Balared vieram cento e quarenta e três guerreiros. Eles, agora, tinham que percorrer um caminho estreito, acidentado e em silêncio, para não chamar atenção dos wargs que podiam estar por perto. Com alguma horas de caminhada, avistaram a ravina onde ficava a entrada do túnel. No entanto, dois wargs vigiavam aquela passagem de uma colina próxima. Balared pediu para que um grupo de seis caçadores se separassem e subissem a colina de forma a pegar os lobos de surpresa e não deixar que eles escapassem. Por sorte, as criaturas não estavam esperando um ataque por aquela região e os caçadores conseguiram abatê-las sem qualquer barulho. Assim, o grupo conseguiu alcançar a passagem subterrânea sem problemas. Cinquenta homens da floresta adentraram o túnel e foram orientados para não desviar o caminho em hipótese nenhuma. Klandrin tinha medo do que podia acontecer caso aquele grupo se desviasse e acabasse por entrar na passagem escura que seu grupo evitou há meses, mas tinha que confiar neles, não havia outra alternativa, pois só ele conseguiria levar o restante dos homens para a trilha ao sul do vale.

Foi no meio da madrugada do quarto dia que chegaram até o caminho que os levaria para o sul do vale da linhagem de Lupus. Do alto da passagem conseguiam enxergar centenas de lobos pelo vale, brigando entre si, devorando carniça, correndo e dormindo. Não tinham certeza se os dois outros grupos já haviam chegado, mas não tinham como arriscar ficar esperando que as criaturas os descobrissem. Klandrin pegou sua trombete a assoprou. O barulho, que parecia um grande rugido, ecoou por todo a vale, pegando de surpresa as criaturas. Do norte vieram gritos de batalha. Os guerreiros de lá já haviam chegado. Cem homens vieram do norte e mais cem vieram do sul, flanqueado os mais de trezentos wargs que ali estavam.


Machados encontravam o couro rígido dos wargs, presas cortavam a pele de guerreiros. O sangue de ambos os lados era derramado ao som de gritos de ódio, dor e grunhidos. A batalha era dura, mas a liderança de Dalak, Klandrin e Balared estava fazendo a diferença. Quando os cinquenta que foram pelo túnel romperam o vale no centro, os wargs ficaram divididos e começaram a perder muitos lutadores. A vitória parecia certa para os homens da floresta, até que se ouviu um grunhido terrível, e um grande warg, de quase três metros de altura, saiu de seus covil.

A presença daquela criatura fez com que muitos guerreiros corajosos fraquejassem. Os wargs, em compensação pareciam motivados a lutar com mais voracidade. Dalak, percebeu que, caso aquele monstro não fosse colocado abaixo, aquela guerra terminaria em favor das Sombras. Ele pegou sua lança de confiança, desviou de diversos wargs e encravou-a no peito da grande criatura, que rugiu de dor e ódio, para logo depois desferir um golpo com seu corpo e derrubar o guerreiro, jogando-o a metros de distância. Vendo aquela cena, vendo um de seus mais valorosos guerreiros ser derrotado por aquele monstros, o coração de muitos que ali lutavam duvidou da vitória. Algo precisava ser feito, e rápido, ou tudo se perderia.

Klandrin correu em direção a criatura, que logo percebeu sua presença, e lembrou-se do dia em que aquele anão escapou dela. O filho de Durin sabia que a criatura o reconhecera e agora era uma luta quase que particular entre os dois. Saltando de uma grande pedra o anão atacou o warg com seu machado, fazendo um grande ferimento no flanco do monstro, mas a criatura parecia quase não sentir dor. Ela se virou para o anão e, com um movimento rápido, abocanhou o braço dele, rasgando a sua pele. O sangue do ferimento jorrava pelo chão. Para o mestre anão estava claro que aquela seria a batalha mais difícil que jamais teve, que sua chance de vencer dependeria de um momento único, e que a probabilidade que não saísse daquela batalha vivo era grande. A cada golpe e investida que dava, a criatura o atava com mais força e ferocidade. Klandrin pediu, então, para que os arqueiros focassem fogo na criatura. Embora as flechas mal conseguissem feri-la, elas serviam para distraí-la, e isso foi essencial para que eles conseguissem derrotá-la. Aproveitando que o monstro estava incomodado com a nuvem de flechas que caia sobre ela, o anão fingiu estar caído e quando o warg tentou abocanhá-lo ele usou sua cabeça como degrau e saltou, encravando o machado de duas mãos no pescoço do monstro, que caiu, morto, com um urro de dor.

Aquela imagem era tudo que faltava para que os homens da floresta redobrassem sua força e vencessem os wargs que ainda estavam ali. Em pouco tempo, todos os wargs que não conseguiram escapar estavam mortos e o vale estava livre daquelas criaturas das trevas. Fora uma batalha dura, e muitos morreram, mas Rhosgobel estava livre, por um bom tempo, de seus inimigos. Agora era hora de retornar e dar um enterro digno para os corajosos que pereceram naquele lugar.

Há centenas de quilômetros a oeste dali, Elmara, Aerandir e Pêpe seguiam seu caminho. Há um dia de viajem da ponte que cruzava o Rio Cinzento, Elmara encontrou sinais da passagem de lobos pela região e na noite daquele dia Aerandir viu uma alcateia se aproximando da companhia. Tenho que pensar rápido no que fazer, a dúnedan levou o grupo por um caminho que dava uma volta por um bosque próximo e cruzava um riacho pequeno, na esperança que os lobos perdessem o rastro deles, o que de fato aconteceu. Não sabia ao certo se aqueles lobos eram wargs ou não, mas não estavam dispostos a descobrir.

A partir dali, foram descendo a Velha Estrada do Sul. Um caminho, então, pouquíssimo utilizado, já que não havia mais um grande reino de homens que mantivesse a estrada e a segurança na região. Campos verdes, pequenos bosques riachos se espalhavam até onde a visão alcançava, mas raramente viam qualquer sinal de presença humana, a não ser por velha ruínas de vilarejos antigos e postos de vigília abandonados. No entanto, após treze dias de viajem, viram o brilho de uma fogueira no que parecia um forte em ruínas. Aerandir, graças a sua visão élfica viu que se tratava de um grupo de cinco homens usando roupas de viajem surradas e sujas, portando armas e armaduras de couro e duas pessoas amarradas que pareciam ser seus prisioneiros. Um homem e uma mulher, com roupas humildes, de camponeses.

Ajudar aquelas pessoas não estava no plano de Elmara, que só conseguia pensar em terminar sua missão, em ir para Isengard e entregar o artefato negro para Saruman. Aerandir, entretando, queria saber o que estava acontecendo e quando viu que um dos homens esmurrou o prisioneiro homem para em seguida bater na mulher a arrancar-lhe a blusa, provocando risada dos outros, pegou seu arco e flecha para atacá-los. A dúnedan, vendo que aquilo não poderia ser ignorado gritou ordenando que eles parassem e correu em direção às ruínas. Pêpe, o hobbit, vendo que aquilo logo se tornaria uma batalha com espadas achou mais sensato se esgueirar para tentar soltar os prisioneiros, e quando Aerandir virou para o lado, não era mais possível ver o pequenino.

Os bandidos estavam armados, mas não eram pareis para Elmara e Aerandir, que contava com a proteção da escuridão. Após algumas trocas de golpes de espada e flechas zunindo entre as paredes das velhas construções restaram apenas dois dos bandidos. Até Pêpe conseguiu derrotar um deles quando tentava soltar os prisioneiros. Eles tentaram fugir, largando suas armas mas os dois aventureiros não permitiram que escapassem. O elfo acertou uma flecha na cabeça de um deles, pelas costas, demostrando que o ódio tinha se apossado de seu melhor juízo. A dúnedan, mais contida, alcançou o outro e o golpeou com seu escudo, deixando-o desacordado. Ela tinha uma ideia melhor para o seu futuro.

Quando retornaram ao local onde as vítimas estavam, encontraram o hobbit cuidando delas. O homem e a mulher eram agricultores de uma pequena vila há alguns dias de viajem dali. Estavam retornando de uma viajem ao norte onde tinham vendido sua produção e a de outros fazendeiros para comprar utensílios e outros artigos que necessitavam quando foram atacados por aqueles bandidos. Inclusive, havia outros viajantes com eles, mas foram todos mortos.

A companhia decidiu que iram acompanhar os dois até a comunidade que vivam, mesmo que isso os atrasasse por alguns dias. Estavam próximos e em após duas luas chegaram na vila, onde foram recebidos como heróis. Alguns sobreviventes do ataque haviam chegado lá e contado do que ocorrera. O homem e a mulher que salvaram tinham sido dados como mortos, mas quando o grupo chegou lá com eles, houve muita comemoração, apesar de lamentarem o que ocorreu com aqueles que morreram. Os pertences que foram encontrados com os bandidos foram dados aos habitantes locais, que agradeceram muito pela ajuda e bondade, sem saber o que oferecer para tão valorosos heróis. Elmara, Aerandir e Pêpe apenas pediram uma coisa em troca, abrigo, comida e uma boa cama para descansar. O bandido capturado foi entregue à população, para que decidissem o que fazer com ele, algo que nem eles sabiam.

Isengard, agora, ficava há mais nove dias de distância. Klandrin e Balared estavam feridos, cansados mas aliviados por terem conseguido uma vitória importante para os Povos Livres do Norte. Tudo parecia estar indo bem no início daquela primavera.

Essa história está sendo criada em uma mesa de The One Ring - Adventures over the Edge of the Wild. Cada sessão corresponde a uma parte da história, que se cria e modifica conforme todos os envolvidos decidem o que seus personagens fazem e como eles reagem.

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